Mas afinal, de onde surgiu o Biscuit?
para entendermos a história do Biscuit, primeiramente devemos saber que O Biscuit, é um termo Francês que significa biscoito, porém é o nome popular que se dá para aquela massa de modelar de que são feitos os topos de bolo de casamento, lembrancinhas de aniversário, imãs de geladeira e entre outras inúmeras coisas.
A decoração de potes de vidro e dos kits de enxoval de bebês, e outras tantas coisas que podem ser feitas. O Biscuit, por alguns é também conhecido como porcelana fria, e que por sua vez não é comestível como sugere o significado e a aparência.
Apesar de ser a matéria que dá forma a muitos artesanatos atualmente e movimenta um grande valor monetário dentro do setor de artesanato, muita coisa sobre essa massa ainda é novidade para os brasileiros. Inclusive para as artesãs que fazem uso dela diariamente como fonte de renda, mas que até então desconhecem sua origem.
O fator principal para esse acontecimento está ligado ao caso das poucas informações precisas, e as poucas provenientes de fontes de pesquisa de fácil acesso, como é a internet, apenas aborda o assunto vagamente contendo poucas informações sobre esse assunto.
A História do Biscuit
A história do Biscuit, massa nomeada de porcelana é oriunda das rochas e foi descoberta no iniciou no século III D.C na China, de onde o potássio, sódio, cálcio e a argila pura de coloração branca eram encontrados. Foi graças a sua brancura e rigidez que foi possível produzir louça fina, artigos decorativos e até esculturas para serem contempladas em palácios de diversos países do mundo.
Porém, foi devido o grande esforço para adquirir essa matéria prima bem como moldá-la para se transformar em uma obra de arte, que o produto final era encarecido e isso tornava sua comercialização bastante inacessível para as demais classes sociais, senão a classe alta. Até porque sua enorme delicadeza e não os detalhes e função não podiam ser ignorados, cobrando-se um valor inferior ao que valia apenas para satisfazer o desejo de consumo de toda a sociedade.
A porcelana por sua vez, viajou culturas e sofreu muitas adaptações, entre elas encontramos sua passagem pelo Japão, responsável pelo seu importante processo de desenvolvimento, no séc. XVI. E logo a Europa passou a imitar a porcelana oriental.
Já na Alemanha, na cidade de Meissen, no início do século XVIII, um alquimista encontrou uma espécie de argila de cor branca, e ao fabricar pequenas peças com essa argila, percebeu sua semelhança para com a porcelana chinesa. Na França, ainda no mesmo período, houve uma produção de cerâmica com aspecto brilhoso e aveludado e passível de receber decorações em arte de pintura.
E é exatamente nessa época que o biscuit tem início, onde os artesãos procuravam materiais que pudesse misturar à argila, como forma de baratear o custo, porém mantendo a beleza, a qualidade e a durabilidade, que eram características da porcelana.
Entretanto o grande privilegio de descobrir essa tão sonhada massa Foi da Itália, que a produzia de uma mistura de farinha com água e sal chamada “pasta di sale” e que os Italianos produziam para trabalhos pequenos e delicados que podiam ser modelados e retratarem os mais diversos assuntos. Na maioria das vezes a intenção era apenas decorativa como faz os “bibelôs” de estante.
Mas ainda insatisfeitos e com a necessidade de que essa modelagem se aproximasse ainda mais da porcelana clássica, em fatores de resistência e durabilidade, a cola foi adicionada a receita para promover maior ligamento. A partir daí a massa conseguiu atingir a consistência ideal para receber tinturas e acabamentos brilhantes ou foscos.
Porém, por se tratar de uma massa orgânica totalmente sujeita a deteriorização, é um erro comparar sua durabilidade com a porcelana, que é tão resistente e cara. O biscuit não surgiu com a gloria de ser o advento de substituição da porcelana, porem acabou conquistando seu próprio espaço e tendo funções especificas. Desse modo, não podemos ser ingratos ao considerar sua grande utilidade decorativa sem importância para a sociedade apenas porque não cumpriu seu papel inicial a qual era proposto.
Apesar de parecer ser uma arte que os brasileiros dominam a tempo, foi apenas na década de 80 que a porcelana fria chegou ao Brasil, através dos trabalhos artesanais de Anna Modugn.
Peças essas que desde sempre são de grande beleza, mas também são vítimas da fragilidade dos elementos que a compõem. E que devido a isso o artesão fica limitado à baixa resistência e a pouca durabilidade das peças
Foi dessa forma que os artesãos da Europa e na América Latina, conheceram a maleabilidade da massa do biscuit, que, diferente da porcelana tradicional não precisa ser queimada em forno em altas temperaturas. Porém, necessita de outras atenções como:
Ser mantida longe da umidade para evitar o amolecimento do artigo;
Ser conservada em baixa temperatura e longe do contato direto com a água, quando a intenção for mantê-la maleável, no ponto da esculturação;
Quando moldada, ser manuseada incrementando creme corporal as mãos para facilitar o deslizamento da massa;
Podendo ser tinturada durante a confecção do artigo, separando a massa por cores, ou ainda quando este estiver feito e totalmente seco. etc;
Desde essa descoberta, o biscuit foi se tornando mais que uma expressão artística, uma atividade muito lucrativa, o que garantiu a esta um grande número de adeptos em países da Europa, Japão, Estados Unidos e América Latina.
Fonte: https://artesanato.culturamix.com
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